quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Agora

Quer saber? Já não faz diferença. Quer saber? Também não me importo.Quer saber? Já foi tarde! Quer saber? Não penso mais em você...Quer saber? Mudei. Quer saber? As coisas morrem. Quer saber? A vida é curta. Quer saber? O passado pertence ao passado. Quer saber? Sequer lembro o que almocei ontem. Quer saber? Agora gosto de outras músicas. Quer saber? Agora gosto de outros filmes e poesias. Quer saber? Agora mudei de religião. Quer saber? Agora moro em outro lugar. Quer saber? Tenho novos amigos. Quer saber? Você não faz parte de nada disso! Quer saber? Estes risos estão livres das suas piadas. Quer saber agora? Você quer realmente saber? Agora és fruto da memória e do devir; tempos pertinentes ao ruminar. Quando me calo, quando paro, quando durmo, quando penso—-lá está você, que pertence às horas vagas, ao devaneio, ao pânico, ao surto, à filosofia, às comparações, ao medo,ao desassossego. Mas agora...agora em que concluo esta pequena divagação neurótica—-e somente agora—-é que me despeço de você. Agora.

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