sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Histórias da Kombi

- Pô, colega! Abaixa aí! O pessoal da fiscalização tá na área...
(Ele começa a remover as placas de identificação da Kombi e troca de blusa).
- Abaixar? Ok!
- É porque o carro do DETRO tá ali...
- Tá...
(Alguns minutos se passam...)
- Já posso levantar?
- Ainda não!
- Tá...
(Mais alguns minutos se passam.)
- Pode levantar agora!
- Onde está o carro?
- Lá atrás! Quer vir aqui pra frente, colega?
- Pode ser!
- Você mora por aqui mesmo?
- Sim... moro ali na Maranhão.
- Ah... qual é o seu nome?
- Daniele, e o seu?
- Marcelo!
- Tem namorado?
- Tenho!
- Você é fiel?
- Sim!
- É casada?
- Não! Casamento já é demais...
- Tem filhos?
- Não!
- Mas o namoro é sério mesmo ou vc só fica?
- É sério! Já namoro há um tempinho...
- Quantos anos você tem?
- 22
-Ah... pensei que tivesse menos!
- E você?
- Tenho 27! Se eu tivesse uma namorada assim, como você, eu era feliz.
- Ah... mas você vai encontrar! Não precisa ficar triste!
- Não tô triste! E você sai à noite?
- Ah, de vez em quando... eu trabalho muito, aí fico cansada!
- O que você faz?
- Dou aulas, e vc? Só trabalha aqui na Kombi mesmo?
- Não... eu também estudo! Tô terminando o segundo grau... tô no segundo ano. Eu larguei, mas agora tô voltando... E você sai no fim de semana?
- Raramente... Vou à Lapa às vezes. E você?
- Gosto de ir pra Ilha pra ficar perto da praia. Mas eu gosto de uma cervejinha e eu dirijo... Essa lei de não poder beber me atrapalha...
- Verdade! É chato mesmo...
- Bem, fico por aqui! Prazer!
- Prazer!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Descarte!

Sim... Quando as coisas seguem um fluxo, devemos acompanhá-lo. Esse lance de nadar contra a maré, depois de uma certa idade, só traz problemas. Sim, as coisas e pessoas são/estão descartáveis e “tudo que é sólido desmancha no ar”. Mas tem gente por aí que não segue essa linha : os últimos dos moicanos.

Se você é um desses, vai aí um pequeno conselho: em Roma faça como os romanos.

No reino dos descartáveis, faça como eles: descarte! Sem pena, sem pensar muito, sem se julgar egoísta ou antiético... feche os olhos, descarte e pronto. Sim, é um exercício, mas com o passar dos anos se torna cada vez mais fácil.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A crise mundial

A crise global está me afetando. Ontem acordei, li as notícias e fiquei triste com a falência da Islândia. Será que a Björk perdeu muito dinheiro? E o Sigur Rós? As bandas vão à falência também? Depois me toquei que o país só tem trezentos e poucos mil habitantes... É o público de um show de rock! Ok, eles vão se virar...

Mas aí comecei a pensar nas conseqüências... E o Brasil? A Petrobrás vai quebrar? Será? E o Lula diz que tudo vai ficar bem...

Li Financial Times, Estadão, New York Times, BBC………… O Globo.

Hoje acordei e me espantei com o frio. Estamos em Outubro e até onde eu sei, Outubro é um inferno de quente. Estranho... Aquecimento global! As calotas polares devem estar derretendo, como previu Al Gore.

Anteontem me contaram sobre a morte de um ente querido. Diabete tipo 2 da braba. Cada hora cortavam o indivíduo em uma parte diferente do corpo— açougue-way-of-life. Novamente a bela frase “O importante é ter saúde” veio à minha cabeça.

E os funcionários da Ford estão em férias coletivas. Qual será o próximo passo?

Segundo turno das eleições. Votar não é minha praia depois da desilusão dos 18’s! Para mim não passa de um estupro coletivo. Mas o Gabeira foi pro segundo turno, então... Será que a gente vota mesmo? O que foi feito do Crivella? Outro dia meu irmão me convenceu de que o Crivella não é ruim e que sofre preconceito da classe média e dos aristocratas. Será o Gabeira a bruxa da vez?

Meus gânglios continuam inchados. Duas semanas. Estranho. Pode ser câncer, falência dos órgãos... 5 médicos disseram que era imunidade baixa! Me entupiram de vitamina C e afins. Estão de sacanagem com a minha cara! Ninguém me passou exame, ninguém pediu bacterioscopia.

Outro dia esqueci que a gente não pode se comunicar com ex. Quando acaba, acaba. Ainda não consegui entender isto. Tudo bem, eu morri simbolicamente. Mas é difícil sustentar a morte quando eu ainda estou aqui. E talvez a morte simbólica esteja me influenciando e me forçando a morrer fisicamente. Talvez isto explique a depressão e as conseqüências físicas.

“Memórias de Sargento de Milícias” é um livro engraçado. Certamente melhor do que qualquer programa de T.V com risadinhas ao fundo. Mas, acabou.

Dois gringos a caminho. Incerteza, apreensão... Ansiedade.

Crise global.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

receita de bolo

Fingir que esqueceu é fácil. Mas como esquecer de verdade?