"Mas onde estavam as palavras, onde estavam aquelas pequenas luxúrias que trouxera comigo? E onde estavam aqueles devaneios e onde estava o meu desejo e o que acontecera com a minha coragem e por que eu ficava sentado rindo tão alto de coisas que não eram engraçadas?
(...)
O quarto estava eloqüente com a sua partida."
(John Fante, Pergunte Ao Pó.)
Desde que ela finalmente partiu, o silêncio ficou eloqüente. As imagens são muitas e o fluxo de informação é contínuo. Sobrou uma enxurrada de sentimentos indizíveis — a catatonia que sucede o estado de choque.
Desde que ela finalmente partiu, levou consigo o último elo que teimava em resistir. Era precisamente a dor que nos conectava. O peso da presença à distância se resumia ao tamanho dos danos trocados.
Era o calo que lembrava. Era o calo que dizia. Era o calo que doía. Era o calo que mantinha.
Sem mais dor, sem mais urros. Sem mais calo. Me calo.
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4 comentários:
socooooorro! lembrei só agora de uma parada que tu me contou na sexta. hahahaha tenho que te perguntar de novo direito depois pq aki num rola. hahahaahah que merda a gnt bêbada sem noção. ;p
a dor faz-nos transbordar de palavras. Mesmo que elas não sejam ditas nem escritas.
;)
Me ensina a amputar meu calo quem sabe entao eu tambem me cale!
hum... miha pequena poetiza! menina que jeito que vc tem com as palavras.. que invejinha saudável.. se é que inveja possa ser saudável! saudades inumersa de vc. não háum dia que eu nao pense...vou parar na casa da dani... nao sei mais teus horários.. e eu que finalmente entrei de férias essa semana.. sim, largo o trabalho porque não quero essa vida ainda!!! hehehe..aceito um cafezinho...mas ele terá de ficar pra semana do dia 30! bitocas grande mulher.. qlqr coisa..de um sinal de vida!
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