Sonhando a morte, dormindo a leveza: assim sigo.
E toda vez que me banho a pele desgarra, vaporiza, e os ossos
ficam mais ocos do que nunca.
E o vento gélido do frio intenso que reduz o movimento das mãos,
os pés dormentes, o nariz semi-congelado, os olhos ardentes
lacrimenjantes; todos anulam a sensação corpórea imediata. Eu gosto. Uma nova modalidade do sono... Acho até que o termo "dormência" é bem-vindo.
O sonho, o frio e o banho. These are a few of my favourite things.
Tudo que possa me tirar do corpo, esta carcaça pesada que a nós foi
imposta sem questionamento, me agrada.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
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Um comentário:
Quando tomo banho, gosto de fechar os olhos debaixo da água fria e tentar enxergar coisas. Sempre vejo uma espécie de nuvem vermelha. Depois, renasço. Deve ser uma forma de retornar ao útero.
É sempre bom nos livrar de qualquer coisa que esteja sobre a pele - alívio. Mas às vezes
percebo que o peso que carrego sou eu mesma. Eu peso. Eu canso de mim vez em quando. Dá vontade de ser outra, sei lá. E olha que eu até gosto de ser eu, quase sempre!
Adorei o texto, Dani!
Você tem umas sacadas...
Ah, você tem falado muito de frio! Tem a ver com o clima exterior? Ou algo aí dentro da carcaça imposta?
Bjokitas!
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